Hoje vamos descobrir se faz mal para as articulações o hábito de estalar os dedos. Afinal, é muito comum e muitas pessoas têm esse costume, fazendo de forma voluntária e frequente.

Vale ressaltar que, durante anos não sabíamos se o ato de estalar poderia trazer algum mal a longo prazo. Felizmente, esse mistério foi recentemente elucidado através de estudos científicos.

No artigo de hoje, vamos explicar por que as articulações estalam e quais são as consequências clínicas cientificamente comprovadas desse hábito.

Boa leitura!

articulações

Afinal, por que as articulações estalam?

Para entender por que uma articulação estala, é preciso antes descrever rapidamente como a sua anatomia é formada.

O que é uma articulação?

O nome articulação se dá para a região onde existe uma conexão entre dois ou mais ossos distintos. Exemplificando, o joelho é uma articulação que liga os ossos fêmur e tíbia, e o tornozelo é uma articulação que liga os ossos tíbia, fíbula e tálus, que conectam a perna ao pé.

As articulações possuem cartilagem e uma bolsa cheia de um líquido viscoso, chamado líquido sinovial. Quando há movimento na articulação, graças ao líquido sinovial e à cartilagem, os ossos deslizam entre si com mínimo atrito.

Estalar os dedos faz mal ou é mito?

Primeiro é importante esclarecer que, o barulho do estalar dos dedos não ocorre por nenhum elemento que atinja algo sólido das articulações. Não há um mecanismo que provoque estresse ou lesão diretamente na articulação, são apenas bolhas de gás se formando no interior.

Diversos estudos já feitos e publicados comparavam as articulações daqueles que frequentemente estalavam os dedos com as articulações das pessoas que não tinham o hábito de estalar os dedos. Conclui-se que não havia diferenças relevantes nas radiografias tiradas de ambos, e o risco de desenvolver artrite ou artrose era exatamente igual para que estalava ou não os dedos, não importando o número de anos ou a frequência com que esse hábito acontecia.

Em Fevereiro de 2017 foi publicado um estudo com 35 indivíduos de 19 a 27 anos que tinham o hábito de estalar os dedos mais de 5 vezes por dia. A força da mão desses indivíduos foi comparada com as de um grupo, formado por pessoas que não tinham o hábito de estalar os dedos. O resultado foi exatamente igual para os dois grupos, mostrando que estalar os dedos não provoca redução de força nas mãos, principalmente nas situações em que é preciso um aperto forte.

Podemos citar um caso muito famoso, do médico Donald Unger, que durante 60 anos estalou diariamente os dedos da sua mão esquerda, mas não os da direita. O objetivo era comparar os resultados em ambas as mãos para saber se, de fato, o hábito de estalar os dedos traria algum mal a longo prazo. Ao final de 6 décadas, nenhum sinal de artrite ou outras doenças osteoarticulares se formaram em ambas as mãos.

Porém fique atento (a) à determinadas situações:

Ainda assim, é preciso destacar que, em determinadas situações, o ato de estalar os dedos pode provocar traumas. Quando uma pessoa estala os dedos, as articulações entram em um período de refratariedade, na qual são necessários um certo tempo para que ela possa ser estalada de novo.

Imagina-se que esse é o tempo necessário para que os gases presentes no líquido sinovial voltem a ficar diluídos, de forma que uma nova bolha possa ser formada. Se o indivíduo forçar a articulação numa tentativa de estalar o dedo durante o período refratário, ele pode, sim, provocar lesões na articulação.

Por isso, se na hora de estalar os dedos você sente forte dor, ou se a articulação fica doendo por bastante tempo, isso pode ser sinal de uma lesão.

Em resumo, a prática de estalar os dedos não faz mal, além de diminuir a ansiedade, deixa a pessoa mais relaxada, é importante apenas não exagerar na força porque isso sim é perigoso e pode causar lesões.

Este artigo esclareceu suas dúvidas? E lembre-se, se sentir algum incômodo ou dores persistentes nas articulações agende uma avaliação com um médico ortopedista na Otur, nós trabalhamos com os melhores métodos para manter a sua saúde em dia.

dr daniel ibanez e dra caroliny nociti

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